A Sociedade Rural Brasileira mais uma vez repudia mensagens errôneas que vêm sendo divulgadas sobre a sustentabilidade da agropecuária do país. Queremos esclarecer o público urbano sobre o compromisso do setor com o meio ambiente, trazendo dados, com base na ciência, que atestam o que é fato e o que é fake quando o assunto é, por exemplo, a produção de carne.
Em anúncio recente uma rede de restaurantes informava aos clientes que, ao passar um dia sem consumir carne, a pessoa economizaria 14kg de CO2. A empresa desconsiderou estudos que mostram a capacidade da pecuária de também remover carbono. Nesta conta entram o incremento na fertilidade do solo, a relação entre resíduos de capim e total consumido pelos animais, entre outros fatores.
A pecuária brasileira cresce em produtividade, em eficiência, e na adoção de práticas cada vez mais sustentáveis. No Brasil a produção de carne avança 3% ao ano, enquanto o rebanho aumenta somente 0,87%. A mudança na dieta dos animais, o uso de tecnologias, o manejo adequado de pastagens e o melhoramento genético são os aliados na redução de gases causadores do efeito estufa.
“Outro exemplo de prática sustentável é a adoção dos sistemas de produção integrados, que otimizam o uso da terra e outros recursos naturais, como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e principalmente a Integração Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF)”, destaca a presidente da SRB, Teresa Vendramini.
Uma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste demonstrou que, com a plantação de árvores no pasto, o gado fica menos exposto ao sol e necessita beber menos líquidos. Com isso, houve uma redução de 19% no consumo de água.
“O consumidor pode optar por mudanças na alimentação, é um direito de todos nós, mas precisamos estar bem informados sobre o valor nutricional de cada alimento, seus benefícios para a saúde e a realidade, de fato, desta cadeia produtiva, quando o assunto é sustentabilidade, tema que faz parte dos compromissos da SRB e, tenho certeza, da maioria dos pecuaristas brasileiros”, acrescentou Vendramini.