A Sociedade Rural Brasileira termina o ano de 2020 com o sentimento de dever cumprido e motivada para trabalhar ainda mais em 2021. Em carta divulgada aos associados, a presidente da SRB, Teresa Vendramini pondera que o ano foi muito desafiador: “enfrentar uma pandemia como a Covid-19 é algo que mexeu com nossas vidas, nossos negócios, nossa visão de mundo, mas também foi um período de muitas vitórias e aprendizados”, afirmou.

No balanço de 2020 a entidade destaca alguns dos temas que mobilizaram o setor. Em primeiro lugar, a missão de defender o produtor rural, principalmente nas questões que tramitam em cortes superiores e que colocam em risco a atividade agropecuária. É o caso de ações que tratam das questões ambientais e que ameaçam o efetivo cumprimento do novo Código Florestal, uma das leis mais modernas do mundo, que garantiu o equilíbrio entre produção de alimentos e preservação do meio ambiente. Neste mês de dezembro, a SRB foi admitida pelo STJ como “amicus curiae” em processo sobre a preservação de mata nativa nas propriedades rurais de São Paulo, que poderá ter efeitos para todos os produtores rurais do Brasil.

Outro destaque foram as parceiras estabelecidas este ano e que renderão muitos frutos em 2021. O acordo com a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) permitiu ampliar os benefícios do programa Pró-Genética a pequenos produtores de carne e leite. Também foi fortalecida a presença da SRB junto a FARM (Federação das Associações Rurais do Mercosul), onde a presidente Teresa Vendramini assumiu em 2020 a liderança desta importante entidade do Mercosul, mais uma vez a primeira mulher da história a ocupar o cargo, com a expectativa de buscar avanços e soluções para pautas que a agropecuária destes países tem em comum.

No Brasil, pela primeira vez o setor produtivo será representado pela SRB em importantes fóruns que discutem a questão do desmatamento. A entidade foi escolhida para participar do Conselho da Amazônia, criado pelos três maiores bancos privados do País, do Conselho Consultivo da Febraban, órgão importante para discutir temas que afetam a concessão de crédito ao produtor rural, além de diversos outros conselhos e fóruns que envolvem empresas privadas e o setor público.

A participação dos jovens foi também destaque neste ano que chega ao fim com a promessa de grandes realizações em 2021. Foi escolhida no dia 30 de novembro a nova coordenação da Rural Jovem, com número recorde de novos líderes envolvidos no projeto.

Para 2021 um dos desafios é seguir conscientizando governos sobre os danos que o aumento da carga tributária do agro pode causar para a sociedade como um todo – foi o caso da decisão desastrosa do Estado de São Paulo de elevar a alíquota de ICMS dos insumos agropecuários.

A entidade também pretende trabalhar de forma intensa a busca da modernização do sistema de financiamento do agronegócio, fazendo com que a pauta ESG, que vem norteando empresas com foco na governança social e ambiental, traga benefícios ao setor. Além disso, a SRB vai tratar de temas como seguro rural, regularização fundiária e redução dos conflitos no campo. “Desejamos que o Ano Novo seja repleto de paz, empatia e que reforce a união desta grande família que é o agronegócio, para que possamos seguir caminhando juntos” reforçou a presidente Teresa Vendramini na mensagem de final de ano.