A Sociedade Rural Brasileira vem a público apoiar diferentes iniciativas que vêm destacando, com base na ciência, as práticas sustentáveis da agropecuária brasileira. Em artigo publicado esta semana no jornal O Estado de São Paulo, por exemplo, o ex-presidente da SRB, Pedro de Camargo Neto, e o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira, apresentaram esclarecimentos fundamentais para desmistificar de vez a questão das emissões de gases causadores do efeito estufa a partir da atividade pecuária. 

O texto lembra que o metano (CH4) produz um efeito estufa cerca de 50 vezes superior ao gás carbônico (CO2), porém tem ciclo de vida de cerca de 12 anos, irrisório em relação aos demais gases que podem ser considerados como permanentes na atmosfera. “Com frequência, quando se fala em emissões entéricas de metano pela pecuária, toda a discussão é focada no animal. Desconsidera-se o seu ciclo produtivo. O carbono, que sairá em forma de metano pela eructação (arroto) dos bovinos, está circulando de alguma forma. Ora está na atmosfera, ora no sistema solo-planta, ora no animal. Trata-se de um ciclo ininterrupto que acaba resultando em carne, leite, lã e todos os demais produtos gerados a partir do abate de animais” destaca o artigo. 

Desta forma, os dois autores explicam que o ciclo de vida do metano é curto, exigindo visão diferente daquela aplicada às emissões dos combustíveis fósseis, que permanecem na atmosfera quase que de maneira permanente. 

“A SRB tem convicção de que a agropecuária brasileira é exemplo de eficiência e sustentabilidade, afinal cada vez mais conseguimos aliar o avanço da produtividade à preservação dos recursos naturais, por meio de práticas modernas, que inclusive vão auxiliar o Brasil a atingir as metas ambientais de combate às mudanças climáticas”, afirmou a presidente da SRB, Teresa Vendramini. 

O texto assinado por Pedro de Camargo Neto e Maurício Nogueira destaca também cálculos equivocados que vêm sendo apresentados sobre a relação entre o tamanho do rebanho e as emissões de metano. Além disso, lembra que o sistema de produção da pecuária também remove carbono, por meio do incremento da fertilidade do solo, por exemplo, algo que vem sendo pouco discutido. 

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