A Sociedade Rural Brasileira recebeu com entusiasmo a notícia de que foi confirmada a indicação do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz 2021. “É um presente para o agronegócio, Paolinelli é o nosso modelo de trabalho, inovação e seriedade” disse a presidente da SRB Teresa Vendramini.

A indicação foi feita oficialmente pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), mas contou com a colaboração de diferentes lideranças do agro brasileiro que contribuíram com estudos, documentos e depoimentos. A nomeação foi protocolada no último dia 22 de janeiro no Comitê Norueguês do Nobel (The Norwegian Nobel Comitee) pelo professor Durval Dourado Neto, diretor da Esalq. Junto ao órgão internacional trata-se de uma candidatura, que será avaliada ao longo do ano para decidir se a indicação será ou não aceita.

A justificativa da indicação está relacionada as contribuições de Paolinelli ao meio ambiente e a sociedade. Engenheiro agrônomo, o ex-ministro é apontado como um dos principais responsáveis pela maior revolução tropical agrícola da história, que permitiu a produção de grãos no Cerrado em larga escala. Paolinelli foi considerado um líder provedor da paz mundial pelo trabalho no passado em defesa da agricultura sustentável, ajudando a preservar a Amazônia, mas também pela atividade atual no Projeto Biomas da Esalq. A candidatura recebeu o apoio de 119 instituições ligadas ao agro de 28 países manifestaram apoio ao pleito.

A presidente da SRB Teresa Vendramini disse que, para a entidade, é uma grande honra saber que o agro estará representado por Paolinelli. “Estamos com ele”, ressaltou a dirigente que também lidera a FARM (Federação das Associações Rurais do Mercosul), uma das entidades internacionais que apoiou a candidatura.

Um dos responsáveis pela iniciativa foi o ex-ministro Roberto Rodrigues que hoje é o coordenador executivo da Rede Paolinelli. “Alysson Paolinelli é o visionário da maior revolução agrícola tropical sustentável que ocorreu no Brasil. Ele é um grande construtor da paz, pois alimento é paz, sustentabilidade é paz”, disse o atual coordenador da GV Agro, durante uma entrevista coletiva.  O gestor técnico da Rede Paolinelli, Ivan Wedekin, explicou que o legado de Paolinelli foi transformar o Brasil de importador de alimentos, em 1970, em potência mundial do agronegócio, permitindo ao Brasil alimentar cerca de 1,2 bilhão de pessoas em 2016, no mundo