A Sociedade Rural Brasileira vem a público manifestar apoio ao pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) para que se revise o acordo bilateral de exportação de carne bovina brasileira para a China, firmado em 19 de maio de 2015.
No último dia 22 de fevereiro, logo após a confirmação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) em Marabá, no Pará, nossa diretoria de pecuária, representada pelo Sr. Luis Zillo, solicitou ao presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Ministério da Agricultura, André Bartocci, para que o tema da revisão do protocolo fosse discutido em regime de urgência.
Acreditamos que um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina não pode ter peso sanitário, uma vez que é uma doença degenerativa e, portanto, sem riscos para o rebanho brasileiro ou para a saúde dos consumidores. Ademais, o Brasil possui status de ‘risco insignificante para EEB’ reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal, visto que o nosso rebanho é criado a pasto e nossa legislação proíbe o uso de rações de origem animal para ruminantes. Portanto, as consequências econômicas e de imagem para o Brasil são infinitamente maiores que a proporção e a importância que o caso merece.
A diretoria da SRB reforça que respeita os protocolos estabelecidos e enaltece o trabalho de Defesa do Animal do Brasil. Porém se faz necessária uma modernização deste protocolo comercial, estabelecendo um trâmite simplificado em casos atípicos da doença, atuando regionalmente e evitando embargos desnecessários e prejuízos para ambos os países.
A Sociedade Rural Brasileira coloca sua diretoria à disposição para o debate do tema, assim como para contribuir com a elaboração de um novo acordo bilateral, mais adequado às atuais demandas do setor produtivo e do comércio internacional.