A Sociedade Rural Brasileira está preocupada com o avanço da violência em áreas de produção agropecuária no Chile. A SRB é uma das entidades que assinou a declaração divulgada pela FARM, Federação das Associações Rurais do Mercosul, que alerta para a gravidade da situação e o caráter terrorista dos fatos que vêm sendo registrados nas regiões de Biobío e Araucanía, no Chile. 

O texto do manifesto destaca que a FARM “expressa seu total repúdio a qualquer ato de violência, violação de direitos e violação da propriedade privada que ocorram nos países da região”. 

A violência no Chile vem sendo causada por ações de movimentos ligados às “comunidades mapuches”, povos indígenas ancestrais no país, que reivindicam terras onde há várias décadas se desenvolve a produção agrícola e florestal. Caminhões e máquinas vêm sendo incendiados, com bloqueio de estradas e ações dentro de fazendas. 

A declaração da FARM expressa solidariedade com as famílias afetadas, com os produtores florestais e agrícolas vítimas dos atos de violência e com a Sociedade Nacional de Agricultura do Chile.

“Nós apoiamos esta declaração porque além de repudiar a violência que temos visto, do desrespeito às leis e à propriedade privada, sabemos que este tipo de conflito só prejudica o desenvolvimento econômico e social nos países do bloco, com danos a setores que garantem geração de emprego e renda”, destacou a presidente da SRB, Teresa Vendramini. 

A FARM fez um apelo aos poderes do Estado, especialmente do Chile, para que protejam e garantam a segurança jurídica — como fator determinante para o desenvolvimento — e assim proporcionem paz e confiança na sociedade. A Federação é composta por 10 diferentes entidades representativas do agronegócio de seis países da América do Sul, entre elas a Sociedade Rural Brasileira.