A Sociedade Rural Brasileira (SRB) considerou positivo o anúncio do Plano Safra 2021/2022, feito pelo Ministério da Agricultura nesta terça-feira (22/06), em Brasília. Porém, entende que o volume de recursos destinado ao programa, de R$ 251,22 bilhões, 6,3% maior que o do ano passado, não acompanhou o aumento dos custos de produção no último ano. Do total anunciado, R$ 177,78 bilhões são para custeio, com taxa de juros entre 3% e 7,5% e R$ 73,4 bilhões para investimento, com taxa de juros entre 4,5% e 8,5%. 

Outro ponto de atenção, segundo a SRB, é o Seguro Rural, que vai receber R$ 1 bilhão. “O volume de recursos ficou aquém das necessidades dos produtores, é preciso avançar nesta matéria sempre muito defasada diante da dimensão do agronegócio brasileiro”, apontou a presidente da SRB, Teresa Vendramini. 

Uma das novidades deste ano é o aporte de recursos destinado à agricultura sustentável, para investimentos em bioinsumos, biofertilizantes e energias renováveis. O Plano ABC, por exemplo, receberá  R$ 5,05 bilhões com taxa de até 7% ao ano. “Isso representa um aumento de 101% para o Plano ABC,  uma decisão acertada do governo,  que também dispõe de linhas para a recomposição de reserva legal e áreas de proteção permanentes”, destaca Vendramini. 

Outra medida considerada positiva pela SRB são os recursos destinados à agricultura familiar, com um volume de R$ 39,24 bilhões para o Pronaf, com taxa de juros entre 3% e 4,5%, inclusive com verbas de investimento em sistemas agroflorestais e turismo rural. 

A armazenagem também foi contemplada com um volume maior de crédito de R$ 4,12 bilhões que, segundo o Ministério da Agricultura, são suficientes para ampliar em até 5 milhões de toneladas a capacidade de armazenagem.