Os produtores rurais que fazem parte do do Comitê da Macadâmia da Sociedade Rural Brasileira (SRB) se reuniram no último dia 12 de janeiro para falar sobre os preços e as técnicas de cultivo. A macadâmia foi trazida ao Brasil na década de 1940, há mais de 80 anos, portanto. A expansão da cultura não foi rápida por aqui e, atualmente, o Brasil produz somente 2% da macadâmia do mundo. Além de outros fatores, como pouco conhecimento tecnológico, a rentabilidade baixa aferida pelos produtores nacionais não colaborou para que o Brasil se tornasse um grande produtor mundial no período. Entretanto, a partir da chegada dos compradores chineses ao Brasil, esse panorama transformou-se completamente. Nos últimos 5 anos, o preço recebido pelos produtores nacionais subiu mais de 400%, passou de R$ 3,00 para R$ 12,00. Os produtores nacionais estão felizes por, nos últimos anos, receberem valores próximos ao praticados no mercado mundial, pela sua macadâmia.  Eles entregam sua macadâmia em casca, com umidade abaixo de 10%, diâmetro acima de 20 milímetros e menos de 7% estragadas. Para próxima safra (2021), que começa a ser colhida agora em janeiro, os produtores acreditam que os preços praticados no Brasil fiquem próximos aos preços praticados na Austrália, entre 3,50 a 4,00 dólares americanos por quilo da noz em casca, ou seja, R$ 15,00 a R$ 20,00 o quilo. Com esses novos preços os produtores estão aumentando suas áreas de produção e acreditam que, se os preços do mercado mundial continuarem a ser praticados no Brasil, em alguns anos nosso país poderá ser um grande produtor dessa noz, tão valorizada mundialmente.